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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Crônicas de beira mar

Andando na praia tanta coisa acontece, às vezes elas parecem ser um quadro pintado por um artista de calçada, já em outras parecem ser uma ironia do grande Buarque, ou quem sabe lembram um simples verdendor de rosas exercendo o seu ofício.
Fosse Luiz F. Veríssimo escreveria sobre as velinhas modernas, que nem se sentem tão assim, mas que andam com seus biquinis não muy apropriados, com suas cangas um pouco transparentes e não dão a mínima!
Fosse Caio F. Abreu falaria sobre o mundo encantado dos enamorados, sobre as histórias dos que ficam a pensar, a se debater, a sonhar. Falaria dos velhinhos meigos, senhorzinhos e senhorinhas, andando de mãos dadas, como se ainda fossem um casal de adolescentes.
Fosse Fernanda Young falaria daqueles brigam, daquelas que se ensinuam, daqueles que sofrem, que são fortes, que amam, que arriscam, que se entregam! Daquelas mulheres com olhos de ressaca, ou daqueles que realmente amanhecem o dia, na praia, de ressaca!
Talvez os três falassem dos hippies que ficam ali, meio sem nada, meio com tudo!
Sendo assim, ou melhor, não sendo assim: nem Veríssimo, nem Abreu, nem Young, acho que não falaria de nada. Ficaria sentada, sentindo o mar, o vento... Tentando imaginar o que cada um deles pensaria, diria, e quem sabe até... escreveria.

(Danielle Urquiza)

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